Monday, December 11, 2006

A Bandeira


A 19 de Junho de 1911, depois da Implantação da República, a actual Bandeira Nacional substituiu a Bandeira da Monarquia Constitucional.
A Bandeira Nacional está dividida em duas partes: uma está pintada a vermelho, que significa o sangue derramado nas batalhas e outra está pintada a verde-escuro que significa a esperança dos portugueses.
Ao centro, encontra-se a esfera armilar, símbolo de D. Manuel I pintada a amarelo que significa as viagens dos navegadores portugueses nos séculos XV e XVI.
O branco representa a Paz, o escudo lembra a defesa do território, as Quinas, a azul, representam as primeiras batalhas (diz-se que são os cinco reis mouros vencidos por D. Afonso Henriques na batalha de Ourique), e os cinco pontos brancos representam as cinco chagas de Cristo que ajudou D. Afonso Henriques a vencer esta batalha. Os sete castelos amarelos representam os castelos tomados aos mouros para a formação de Portugal.

A Moeda


O escudo português, cujo símbolo é $, foi a última moeda portuguesa antes do Euro. O escudo foi substituído pelo Euro em 2002. A taxa de conversão entre escudo e Euro, tendo o valor de 1 €, é de 200,482 escudos.
No reinado de D. Duarte, apareceu o Meio-Escudo, do qual o desenho nem se conhece. No reinado de D. João V, cunharam-se também as dobras, múltiplos do Escudo. Também nos reinados de D. José I, D. Maria I e D. João VI se cunharam escudos.
Em 1911, dividida em 100 partes iguais, o centavo, o escudo correspondia, quer ao peso, quer ao valor, à moeda de 1000 réis. Como múltiplos criaram-se moedas de ouro, de 2, 5, 10 escudos e como submúltiplos criaram-se de 4, 2, 1 e 0,5 centavos.

O Hino


Antes do nosso Hino actual, (“A Portuguesa”) existiram muitos outros. O Hino actual foi oficializado em 1911, depois da Implantação da República. O Hino foi escrito por Alfredo Keil e a letra por Henrique Lopes de Mendonça.
A música original tinha mais 2 partes, que foram retiradas em 1957, por se achar demasiado difícil de decorar.
O Hino canta-se em ocasiões nacionais, quando se pretende homenagear o Presidente, a Pátria e a Bandeira Nacional. Também se canta quando se trata de uma visita de um Chefe de Estado estrangeiro.

A Implantação da República



No dia 2 de Outubro, Cândido dos Reis, reuniu-se com os oficiais, e marcaram a Revolução para a noite seguinte. De madrugada, soube-se do suicídio de Cândido dos Reis, o que desanimou os revolucionários.
Apesar de alguma resistência e de alguns confrontos militares, o exército fiel à monarquia não conseguiu organizar-se de modo a derrotar os revolucionários. A Revolução saiu vitoriosa, comandada por Machado dos Santos.
O último Rei, D. Manuel II, partiu com a Família Real para a Inglaterra, onde ficou a viver no exílio.
A República foi proclamada na Câmara Municipal, em Lisboa, por José Relvas.

O regicídio


A 1 de Fevereiro de 1908, quando o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe regressavam de Vila Viçosa, foram assassinados no Terreiro do Paço por Costa e Buiça.
Com a morte de D. Carlos e do príncipe Luís Filipe, D. Manuel II, um jovem inexperiente, com dezoito anos, foi aclamado rei.

As dificudades do País




No séc. XIX vivia-se uma grande crise económica, social e política. Os preços estavam muito elevados e as pessoas revoltavam-se contra o rei, acusando-o de aumentar os impostos, o que desagradava a população. As fábricas situavam-se entre o Porto e Lisboa e o resto da população trabalhava na agricultura. Os operários estavam muito descontentes pois estavam sempre ameaçados de perder o emprego, recebiam um salário muito baixo e trabalhavam bastante.

Ultimato
Em 1890, a Inglaterra apresentou ao rei um Ultimato: os portugueses teriam de desocupar imediatamente os territórios entre Angola e Moçambique ou os Ingleses declaravam guerra a Portugal. Os portugueses não queriam, nem podiam, pois isso traria a Portugal imensos gastos, mas foram obrigados a aceitar, o que provocou manifestações de descontentamento contra a monarquia.